O Poder dos Bons Hábitos!

Artigo da Revista Notícias Magazine que recomendo ler até ao fim!!!

Ao levantar-se toma duche, o pequeno-almoço, vê e-mails, lê o jornal ou vai correr? Julgamos controlar os nossos hábitos, mas na maior parte do tempo são eles que nos controlam a nós. Saber como funcionam para mudar os piores a nosso favor é assunto para vários livros.

Acordar cedo, passear o cão, beber um litro de água, tomar café de manhã, escovar os dentes, ser pontual, ler na cama. Os nossos dias estão repletos de gestos que não nos damos conta de executar, ao ponto de passarem sem sabermos bem como gastámos o nosso tempo desde que saímos de casa até ao deitar. «É um dos maiores benefícios do hábito: permite-nos desligar de comportamentos repetitivos para pensarmos noutras coisas, como planear viagens ou aprender uma língua nova», explica Jeremy Dean, doutorado em psicologia e autor do recém-publicado Porque Fazemos o Que Fazemos. «Os nossos hábitos, automáticos e inconscientes, mantêm-nos seguros mesmo quando a mente consciente anda distraída.» Olhamos para os dois lados ao atravessar a rua, ainda que tenhamos a cabeça nas férias em Paris. Usamos luvas para mexer no forno apesar de alheados a pensar se o peixe assou demais. É com os maus hábitos que queremos mudar que tudo se complica.

«A maioria das nossas rotinas diárias parece resultar de decisões ponderadas, mas mais de 40 por cento são fruto de hábitos», confirma Charles Duhigg, jornalista do The New York Times e autor do livro A Força do Hábito – a pesquisar para o qual reparou, e corrigiu, uma péssima rotina em si mesmo: a de comer um bolo no bar todas as tardes, o que lhe valeu cinco quilos a mais. Quem se revê também neste MAU hábito?!?!?!?!

«Apesar de cada hábito ter pouco impacto sozinho, com o tempo aquilo que comemos, dizemos aos nossos filhos, decidimos poupar/gastar ou a frequência com que fazemos exercício tem grande influência na nossa saúde, produtividade, finanças e felicidade.» Qual foi a primeira coisa que fez hoje ao levantar-se? Tomou um duche, o pequeno-almoço ou viu e-mails? Que caminho seguiu para o trabalho? E de volta a casa: calçou uns ténis e foi correr ou jantou frente à televisão? «Nenhuma destas decisões foi uma verdadeira escolha», reitera Duhigg. «São hábitos.» Compreender como funcionam torna mais fácil criar outros novos e melhores.

Estudos diversos mostram que é comum os hábitos enraizados passarem por cima das nossas intenções conscientes, sobretudo em circunstâncias que nos são familiares: quem nunca foi à casa de banho lavar os dentes e acabou a pentear-se? Ou foi ao frigorífico buscar Nutella e acabou com um copo de leite na mão? «Numa casa nova, fazer uma sandes torna-se uma provação à medida que, conscientemente, temos de pensar onde estão as facas e os pratos», observa Dean, ciente de que tendemos a realizar as mesmas ações nos mesmos contextos em todas as áreas da nossa vida. Num novo emprego é igual: ao sentirmo-nos deslocados, falham-nos os modos de nos comportarmos como era costume. «Se juntarmos isso ao tempo que demora até os hábitos se formarem, não admira que achemos difícil mudar os nossos comportamentos quotidianos.»

No caso de Duhigg, o hábito de comer o bolo de chocolate entre as 15h00 e as 16h00 era causado pela recompensa de uma distração passageira e não pela fome. Entender o ciclo motivou-o a pôr um alarme para as 15h30, passar pela secretária de um amigo e conversar dez minutos com ele, até o gesto se tornar automático. «O segredo é assumir que apenas podemos modificar o comportamento e não extingui-lo, identificar o gatilho e a recompensa, e escolher depois um comportamento melhor que pareça conduzir a uma recompensa idêntica», diz o jornalista.

Fácil por um lado… Afinal os maus hábitos têm solução só temos que mudar o caminho e virar antes de sermos apanhados na curva.

Quando um hábito nasce, o cérebro deixa de participar plenamente na tomada de decisões e concentra-se noutras tarefas. Não sabe distinguir os bons hábitos dos maus, o que requer uma grande dose de repetição e força de vontade para criar novas rotinas – como mudar de dieta ou correr – que se sobreponham às antigas – comer bolachas ou refastelar-se no sofá. «Nem sempre é fácil ou rápido. Mas é possível», garante.

Leia o artigo completo em: http://www.noticiasmagazine.pt/2015/o-poder-dos-bons-habitos/

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